Eu já estava cansado de não poder mais tomar conta do blog, agora eu tenho tempo suficiente para poder me dedicar a ele. Apesar de gostar de tudo que eu escrevo aqui, o que eu mais gostei até agora, foi de escrever sobre a fênix, espero que compartilhem desse meu prazer sobre o assunto. Vamos logo ao que interessa? ^^
A Fênix é um pássaro da mitologia grega, do tamanho aproximado de uma águia (alguns dizem ser maior, outros, do tamanho exato) e de penas predominantemente vermelhas e douradas e no pescoço tem a coloração púrpura.
Na literatura ocidental, a fênix é descrita pelo pensador iluminista Voltaire em sua novela "A Princesa da Babilônia" assim: "Era do talhe de uma águia, mas os seus olhos eram tão suaves e ternos quanto os da águia são altivos e ameaçadores. Seu bico era cor-de-rosa e parecia ter algo da linda boca de Formosante. Seu pescoço reunia todas as cores do arco-íris, porém mais vivas e brilhantes. Em nuanças infinitas, brilhava-lhe o ouro na plumagem. Seus pés pareciam uma mescla de prata e púrpura; e a cauda dos belos pássaros que atrelaram depois ao carro de Juno não tinham comparação com a sua.".
Segundo Ovídio (poeta romano) conta, a fênix teria nascido em terras orientais e se alimentaria de raízes cheirosas, oléo de bálsamo e incenso.
O que essa ave teria de tão especial? São vários os fatores, um é que a fênix seria a única de sua espécie, não existindo outra em qualquer região do mundo. Outro fator é o seu tempo de vida. Alguns autores afirmam que cada ciclo de vida da fênix dura precisamente 500 anos, outros dizem que seu ciclo é 97.200 anos. Segundo Hesíodo (poeta grego), o tempo de vida da fênix é equivalente a 9 vezes o tempo de vida de um corvo (50 ~ 69 anos). Outra particularidade dessa ave é o fato de ela não precisar de um parceiro para sua reprodução (óbvio, já que só existe ela). Então como isso acontece? Ao aproximar-se do fim da vida, a fênix prepara um ninho com ramos de gomas odoríferas, o deixava exposto ao sol e ele se tornava uma pira funerária, no qual a fênix se incendiaria. Das suas cinzas, surge um ovo de uma nova fênix, cujo primeiro cuidado é transportar para Heliópolis (os gregos chamavam assim a cidade egípcia de Lunu ou Lunet Mehet) e depositar sobre o altar do sol os restos do seu antepassado (pai ou mãe, sei lá).
Graças a isso tudo, a fênix se tornou um famoso símbolo de morte e vida, de auto sacrifício, de renascimento da natureza, também símbolo do sol e da alma (para os egípcios). Cada sociedade ou grupo de pessoas interpreta a história da fênix do seu modo. Por exemplo, para os Rosa-Cruz, simboliza a depuração da alma e reintegração do homem em sua Essência Divina original. Para os maçons, representa a inviolabilidade, o Fogo Divino. Para os cristãos, simboliza Jesus Cristo, morrendo e ressurgindo no terceiro dia.
(Muito mal comparando, lembra o ouroboros, não!?)
Para os gregos, está relacionada com o Deus Hermes e é representada em muitos templos antigos.
Aparentemente, a Fênix como conhecemos, foi inspirada em Bennu, uma ave da mitologia egípcia que voava por Heliópolis, tinha um extenso ciclo de vida e pousava sobre a pira do Deus Rá para se deixar consumir pelas chamas e então renascer de suas próprias cinzas.
Para os chineses, a ave é o símbolo da felicidade, virtude, inteligência, força e da liberdade, na sua plumagem brilham as cinco cores sagradas: roxo, vermelho, azul, branco e dourado.
Para os alquimistas, era como a Pedra Filosofal.
Bom, galera... Espero que tenham gostado mesmo do post =). Acho a Fênix um símbolo muito interessante e tenho certeza que para a maioria das pessoas que conhecem o seu significado, também é.
Forte abraço a todos!!
Hoje o tema é mais sério. Eu nem pretendia fazer esse post, mas resolvi fazê-lo pois estava pesquisando um pouco sobre o assunto e li comentários em blogs do tipo "Eu queria que tivesse KKK aqui no Brasil!". Esse tipo pensamento babaca, infantil, ignorante, preconceituoso e manipulado (sim, pois se você perguntar, ele não vai poder te dar uma resposta que faça sentido, simplesmente pelo fato de que não há!) me deixou puto. Foi o que me incentivou a fazer esse post.... mas enfim, vamos lá o/
Antes de tudo, um micro resumo sobre a Guerra Civil Americana: foi um conflito entre os estados do sul e os estados do norte, para decidir que tipo de política econômica deveria utilizada nas demais áreas do país. O norte era a favor da abolição da escravidão tinha uma economia baseada na indústria enquanto o sul tinha um sistema latifundiário e era completamente dependente da mão de obra escrava. Com a vitória do Norte em 1865, foi adicionada à constituição, a famosa 13ª emenda, que acabou de vez com a escravidão no país.
O Ku Klux Klan - também conhecido como KKK - é uma organização racista e ultraconservadora que apoia a supremacia branca e protestante (também conhecido como WASP - White Anglo-Saxon Protestant). Teve sua criação nos Estados Unidos durante o período da Reconstrução, e está intimamente ligada à Guerra Civil Americana (1861-1865). Foi criada especificamente no dia 24 de dezembro de 1865 em Pulasky por um grupo de confederados sulistas. Os membros e fundadores acreditavam na inferioridade dos negros e eram totalmente contra a libertação dos escravos e integração dos mesmos na sociedade. A palavra Klux vem do grego Kuklos e significa círculo, ou bando, a palavra Klan vem do escocês, clã (com um sentido de ancestralidade). A palavra Ku, eu não achei o significado, mas acredito q seja algo relacionado à sua pronúncia, que no inglês ficaria parecida com a palavra kill (matar). Mas é só um "acho".
Torturavam e matavam pessoas. Não apenas negros, mas também aqueles que os defendiam, geralmente nortistas. Faziam chacinas de adultos e de crianças, espancamentos, queimavam casas e enforcavam negros. A KKK ficou muito conhecida pela sua violência e em 1872 foi reconhecida como uma organização terrorista e foi banida dos Estados Unidos. Pelo menos até 1915 quando William J. Simmons criou novamente o KKK, (de forma legal, na cidade de Atlanta, estado de Geórgia) mas de uma forma diferente, mudando completamente sua estrutura e recebeu a forma de uma sociedade secreta, com hierarquia semelhante à maçonaria. Também se iniciou o uso de lojas e de redes de comunicações.
Outra atividade introduzida à KKK pelas mãos de William Joseph Simmons, foi o ato de queimar uma cruz cristã. Por vezes, era feito em reuniões apenas com o significado simbólico de purificação, como era feito durante a santa inquisição (só que com pessoas). Outras vezes, uma cruz arendo em chamas era deixada na frente da casa de alguma pessoa a quem se queria ameaçar.
Após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) sua doutrina não era apenas o racismo ao negro, era também contra índios, judeus, católicos e tinha cunho xenofóbico (aversão ao estrangeiro). Conseguiu apoio de diversas organizações filantrópicas e o número de filiados chegou a contar 5 milhões!
Com o tempo, a KKK foi perdendo suas forças e número de filiados, mas recobrou um pouco de seu "poder" em 1950, com o crescimento do Civil Rights Movement (Movimento de direitos civis). Prevalecia no Sul o pensamento de que os negros eram "iguais" mas deveriam ter acesso aos direitos "separadamente". O que significa, na prática, que teriam acesso à educação, transportes públicos e saúde, mas que seriam diferentes dos usados pelos brancos (e de qualidade inferior também). Embora os negros tivessem o direito de votar, muitos não o faziam pois corriam o risco de serem linchados ou receberem qualquer outro tratamento violento da KKK.
Apenas na década de 1970 e 1980 os tribunais sulistas foram forçados (pressão da opinião pública e do governo federal) a julgarem de forma imparcial os crimes cometidos pelos brancos. Isso fez com que a KKK sofresse alguns abalos embora isso não tenha dado um fim a essa organização, que existe até hoje, não apenas nos Estados Unidos mas também em grande parte da Europa, onde é sustentada pelo crescimento de gupos de extrema direita.
Bom, galera, é isso ae! :) Com certeza isso não é tudo sobre a KKK, mas coloquei aqui as coisas mais relevantes sobre o assunto e ignorei pontos como nomes dados às classes da hierarquia. (só pra vocês saberem, o líder é chamado de Grande Dragão).
O post ficou um pouco grande, mas valeu muito a pena fazê-lo! Espero que não tenha ficado cansativo ^^
Antes de mais nada, gostaria de pedir que lessem o post anterior, que se completa com este, mas o outro veio primeiro XD
É impossível falar da origem das Runas pela mitologia sem se entrelaçar na história de Odin. Então teremos também uma passagem por isso, mas que não será aprofundada, vou pegar apenas o que importa no que diz respeito às runas, já que este é o assunto.
Odin era considerado o mais sábio dos deuses, mas esta sabedoria não brotou simplesmente do nada. Desde o nascimento se sentiu ávido a encontrá-la e depois de muito procurar. Odin se submeteu a um auto sacrifício, onde ficou pendurado por 9 dias e 9 noites em uma lança, em Yggdrasil (árvore que sustenta os nove mundos) até o momento que viu as pedras com inscrições rúnicas no chão. Com dificuldade, se esticou e pegou as pedras e através delas, por iluminação, aprendeu os conhecimentos e poderes mágicos das runas.
Alguns versos do Edda Maior, um livro de poemas compostos entre os séculos IX e XIII contam essa história:
Odin distribuiu os 24 símbolos entre 3 deuses: Freya, Hagael e Tyr (Como eu disse no outro post, cada grupo de 8 símbolos ficou conhecido como Aett ou Aettyr).Sei que estive pendurado naquela árvore que o vento açoita,
balançando-me durante nove longas noites,
ferido pelo fio de minha própria espada,
derramando meu sangue por Odín,
eu mesmo uma oferenda a mim mesmo:
atado à árvore
cujas raízes nenhum homem sabe
para onde se dirigem.Ninguém me deu de comer,
ninguém me deu de beber.
Contemplei o mais profundo dos abismos
até que vi as runas.
Com um grito de raiva agarrei-as,
e depois caí desfalecido.Nove terríveis canções
do glorioso filho de Bolthor aprendi
e um trago tomei do glorioso vinho (*)
servido por Odrerir.Obtive bem-estar
e também sabedoria.
Saltei de uma palavra a outra palavra
e de um ato a outro ato...
Estes 3 deuses deram às runas suas energias.
O primeiro Aett, regido pela Deusa Freya contém as energias da mãe, da esposa, da amante e da irmã.
O segundo Aett, regido pelo Deus Hagal, contém as energias do sábio conselheiro, correto e energético.
O terceiro Aett, regido pelo Deus Tyr, contém as energias do jovem guerreir, corajoso e lutador.
Existe também uma 25ª runa, esta é branca e representa Odin.
Bom... Acho que isso é tudo, pessoal XD. Escrever sobre coisas que passam pela mitologia é meio ruim, o texto acaba ficando muito copiado =/ Se tiver algum erro, por favor, me avisem. É complicado escrever quando muitas de suas fontes se contradizem.
Comentem o que acharam do post :)
Forte abraço a todos!
PS: em alguns lugares, dizem que a origem da sabedoria de Odin é outra... não sei qual é a certa, mas a que se relaciona com as runas é a que está aí
Não sei porque demorei tanto pra escrever um post sobre as Runas ^^ Quem me conhece pessoalmente sabe que eu tenho um pingente com estes símbolos. Agora sempre que alguém me perguntar, eu vou usar o blog como porta voz XD.
Runas são um conjunto de alfabetos (Teutonico, Anglo-saxão e Escandiávio) e eram usadas para escrever as línguas germânicas (principalmente nas Ilhas Britânicas e na Escandiávia). Seus caracteres são muito parecidos com algumas letras latinas, mas com menos curvas, o que facilita na hora de gravar com uma faca em uma tábua ou uma pedra.
Em toda sua variedade, pode ser considerada uma escrita do norte da Europa. A versão escandinávia também conhecida como Futhark (tem esse nome pois são as 6 primeiras letras F, U, Th, A, R, K) contém 24 símbolos, dividos em 3 grupos de 8 letras cada, chamados "Aett" ou "Aettyr" e foi a base de outras escritas como Futhorc - versão anglo-saxã (tem esse nome pelo mesmo motivo que Futharc).
A palavra runa tem origem indo-europeia e significa "mistério" ou "segredo"
As inscrições runas mais antigas encontradas datam aproximadamente o ano 150 e foram usadas por mais de 1000 anos resistindo à cristianização e sendo substituído pelo alfabeto latino. Algumas línguas até hoje tem traços em sua escrita do que seriam as runas, como é o caso do alemão.
Embora muitas pessoas acreditem que as runas se tornaram um alfabeto morto entre os séculos XIII e XVI, hoje em dia ainda são usadas em jogos de adivinhação.
Não há documentos antigos que indiquem que as runas foram criadas estando relacionadas num primeiro momento à magia senão pela mitologia nórdica. Eram utilizadas para fins práticos como marcação de túmulos e identificação de propriedades. Acredita-se que sua "magia" e poderes de adivinhação estejam relacionada com a Igreja Católica, que disse que estas serviam para se comunicar com o diabo. (Hoje em dia, dizem que a leitura das runas são úteis para dar uma visão espiritual.)
Alguns povos antigos acreditavam q as runas tinham poderes mágicos e as colocavam próximas do leito de feridos e doentes e talhavam nas portas de suas casas. Utilizavam também como amuletos que os protegiam de todos os males. Durante séculos, os xamãs passavam aos seus iniciados o conhecimento mágico das runas.
Infelizmente eu não vou colocar a origem mitológica nesse post, vai ter que ficar pro próximo, para que este não fique muito grande e cansativo. Talvez seja até melhor assim, pois separa bem as coisas.
O que acharam do post? Não deixem de comentar, mesmo que não gostem! A crítica pode ajudar a melhorar o Relicário, e este é o objetivo, sempre :)
Forte abraço a todos!
De volta, direto para as matérias do blog! Que saudade que eu tava! Então... sem mais delongas, vamos direto ao assunto!
Muita gente associa esse símbolo unicamente à Alemanha Nazista de Adolf Hitler e rapidamente se lembra das atrocidades cometidas durante esta época sob este símbolo. De fato, a suástica marcou a cara do século XX e se tornou um símbolo de terror e (por que não dizer?) fanatismo descontrolado que trazia consigo nada além de medo e de horror.
Porém a suástica não é nada disso! Pelo menos não era, inicialmente. O significado de um símbolo pode ser alterado de acordo com o tempo em que se vive e as referências que se tem.
A primeira definição conhecida de suástica, teve origem no Hinduismo, entre seus praticantes. A palavra suástica, em sânscrito, significa "aquilo que traz sorte" e sua raiz "Svaz" significa "bondade". Acredita-se também que a suástica traga bons ventos.
Alguns apontam para que a "Cruz de Gamada" (como também é conhecida) tenha aparecido há mais de 3000 anos em moedas na antiga Mesopotâmia. Além de aparecer em diversas outras civilizações como os Índios Hopi, os Astecas, os Gregos, os Celtas, os Budistas e diversas outras.
As suásticas budistas e hopi parecem reflexo no espelho da suástica nazista. O posicionamento dos braços da cruz, traz significados religiosos completamente diferentes. Se estiver no sentido horário, representa o movimento evolutivo do universo. Já no anti horário, representa uma dinâmica involutiva, numa análise superficial, poderiam ser entendidas como a representação do Bem e do Mal, no entanto, considera-se que os dois lados da suástica têm o seu lado bom e o seu lado mau, tal como tudo na Natureza. Assim, os dois lados não se opõem, mas complementam-se, num equilíbrio dinâmico, sem tendências para a criação, nem para a destruição.
Na china, a suástica é usada para representar o número 10.000. Na maçonaria, representa a constelação próxima à estrela Ursa Maior.
A explicação para a existência de tantas suásticas, é a facilidade com que ela pode ser desenhada, é um traçado bem simples. Algumas suásticas tem apenas 3 linhas e outras sequer tem braços.
A escolha do símbolo pelo Partido Nazista, na Alemanha, foi justificado por Hitler no seu livro Minha Luta (Meín Kampf). De acordo com ele, a suástica teria a capacidade de representar a luta em prol do homem ariano e do desenvolvimento da nação alemã por meio da campanha anti-semita.
Bom, galera... acho que é isso aí! Tinha muita coisa pra escrever, mas é impossível colocar tudo aqui. Infelizmente, em um blog, eu não posso me aprofundar tanto quanto eu gostaria em um assunto, precisaria de muito mais espaço. Mas de qualquer forma, espero que vocês tenham gostado e continuem acompanhando o blog! Nesses dias estou com muita vontade de escrever e tenho assuntos também! :D
Forte abraço a todos!
Antes de tudo, eu gostaria de dizer que estava com muita saudade do blog e também do estudo desses assuntos!! Sem mais delongas, vamos ao que interessa!!! :D
O Ouroboros é um símbolo representado por uma serpente que morde a própria cauda, mas por vezes, também é representado por um dragão (mordendo a própria cauda).
Aparece pela primeira vez no Egito, onde representa o retorno de Rá ao ponto de partida, depois de cruzar o céu e o submundo. Data mais de 3 mil anos.
Depois "viaja" para a Grécia, onde recebe o atual nome. Lá, é conhecido como símbolo da morte e do renascimento.
Atualmente é visto como símbolo da eternidade, do infinito, do ciclo da vida.
Representa também, a passagem pelo mundo físico e pelo mundo espiritual, em um eterno retorno, a dança sagrada da morte e da recontrução. A constante evolução.
Por vezes, a serpente é feita com uma parte branca e outra preta, sendo assim, uma representação do Yin-Yang (já escrevi sobre isso, caso queira mais detalhes, é só procurar no relicário mesmo).
Segundo o Dicionário dos Símbolos, o Ouroboros representa a evolução voltando-se para si mesmo.
Albert Pike, em seu livro Morals and Dogma, explica: "A serpente enrolada em um ovo, era um símbolo comum para os egípcios, druidas e indianos. É uma referência à criação do universo."
Na alguimia, é o símbolo que representa a transmutação da matéria e também, sinal de purificação.
Para os Gnósticos, representa a auto-sustentação da natureza, um ciclo de criação a partir da criação.
Bom, este não é um símbolo complicado :) O post ficou meio curto, mas espero que (algum possível leitor) goste.
Forte abraço a todos!
Fico muito feliz por ter sido incentivado a postar novamente aki no blog \o/ Eh complicado arrumar tempo pra pesquisar sobre as coisas q eu gosto, este ano ... Mas msm q lentamente, eu vou continuar postando, e sempre vou tentar superar espectativas :D
Antes de começar a falar da religião WICCA, me sinto na necessidade de falar sobre PAGANISMO.
Jamais, em hipótese alguma, confunda paganismo com satanismo, até porque, o paganismo não faz a separação da natureza divina entre o BEM e o MAL, como na crença judaico-cristã. O paganismo envolve uma grande variedade de movimentos espirituais, principalmente os relacionados com a cultura europeia pré-cristã. Atualmente, eh conhecido como Neopaganismo, pois contém uma visão diferenciada sobre ateísmo e agnosticismo.
Costuma abranger crenças como politeísmo (culto a vários Deuses), aninismo (crença de que todas as coisas têm uma energia vital, uma ânima: sol, rios, oceanos, ventos, etc) ou panteísmo (doutrina q identifica o universo como Deus). Podemos dizer que o paganismo tem sua espiritualidade voltada para a natureza.
Antigamente...
Dentre o século V e III A.E.C. (antes da era cristã) os Celtas começaram a estar presente em toda a Europa, e mesmo com tamanha distância entre os lugares povoados, sua cultura nunca se fragmentou, pois havia critérios que os unia: a língua, a arte e, principalmente, a religião. Sua religião era o Druidismo, religião pagã politeísta. A raiz filosófica-espiritual dos Celtas (logo, do Druidismo também) se baseava na reverência a duas divindades: A Grande Deusa Mãe e o Deus Cornífero, chamados de Ceridwen e Cernunos.
Com o passar do tempo, inicou-se a era Cristã, e quanto mais o tempo passava, mais a cultura pagã era afastada dos povos, mas nunca, esquecida!
Chegando ao Séc. XIX, por volta de 1940, velhos conceitos espirituais dos Celtas ressurgem lentamente. A bruxaria (como assim era chamada a religião dos povos da Europa, mas não como ofensa) estava renascendo, mas com o nome de WICCA.
Apesar da Wicca ter raízes Celtas, eh de suma importância, dizer que a bruxaria veio antes desses povos.
Assim como na crença Celta, na Wicca, existem duas forças primárias: A Grande Mãe Deusa e o seu filho e consorte, Deus Cornífero, um ser meio homem, meio animal, responsável pelos rebanhos e florestas.
A Deusa é o princípio da feminilidade, da criação, da fecundidade. Seu símbolo é a Lua, e na Bruxaria, ela é detentora de 3 personalidades e 3 faces, que representam as 3 fases da lua: Crescente, minguante e cheia; os 3 ciclos da vida: Juventude, maturidade de velhice; as 3 cores mais importantes da bruxaria: Branco, vermelho e preto.
A Wicca é uma filosofia mágica de vida, baseada nos ciclos da natureza, envolvendo o poder das fases lunares e das quatro estações do ano. Revive o culto à Grande Deusa e aos Deuses antigos, através dos rituais, ha muito, quase esquecidos por nossos acenstrais.
A religião celebra a vida e a morte por meio dos festivais sazonais conhecidos como Sabás, onde os praticantes se reúnem pra meditar, agradecer, prestar culto aos Deuses, projetar desejos para o futuro e harmonizar corpo, mente e espírito. Os sabás são organizados de acordo com os ciclos solares, mas os Wiccans (praticantes da religião Wicca) também se organizam de acordo com os ciclos lunares para fazer práticas comuns à religião.
A Wicca é uma religião, não uma seita, nem um culto. A tradição (assim como é chamada) é de origem xamanistica, que enfoca a natureza, a mulher e o homem. Integra o paganismo atual (neopaganismo), embora seja uma fé pré-cristã. Vale lembrar que o paganismo não se opõe nem nega qualquer religião.
Bem... eu vou ficando por aqui, espero q tenham gostado :D qualquer erro, por favor, me avisem... religião eh um tema mto delicado e q deve ser tratado com tdo respeito e precisão nas palavras. Forte abraço para todos!!!
Bem... acho q comecei o assunto "ocultismo" colocando os bois na frente da carroça e acabei naum lhes dando um conceito para essa palavra. Resolvi então colocar aki uma explicação tão aprofundada quanto possível para q possamos caminhar nos mesmos passos ^^
Ocultismo (também podendo ser chamado de Ciências Ocultas) é um conjunto de teorias (e práticas tbm, claro) q visa desvendar os mistérios da natureza, da humanidade e do universo. É o estudo do espírito e da matéria, dos Deuses e dos Homens, da origem e do destino. É a verdadeira ciência da vida. Trata do que é sobrenatural, secreto e invisível aos olhos humanos.
O ocultismo não é uma religião, portanto não há dogmas a serem seguidos, há apenas hipóteses, como em qualquer cicência.
O homem aqui retratado, seria um completo e arquetípico, formado de CORPO, RAZÃO, EMOÇÃO e ALMA., como divide a Cabala (vou escrever um post sobre ela, futuramente).
Os ocultistas dizem que as religiões contemporâneas foram inspiradas numa mesma fonte sobrenatural, portanto ao estudar aprofundadamente essa fonte, deve-se chegar na religião "original". Ocultistas também são chamados algumas vezes de magos, e acredita-se que esses magos já conheciam maior parte das descobertas das ciências contemporâneas, sendo tais descobertas pra eles, meros achados.
O conhecimento 'oculto' é assim designado por estar em desuso ou permanecer nas raízes da cultura. O termo ocultismo foi criado no Século XIX pelo francês Eliphas Levi (já falamos brevemente sobre ele, mas pretendo me aprofundar em suas obras e divulgar tal conhecimento aqui).
O ocultismo tem sua origem em tradições muito antigas, tais como Hermetismo (raízes mais antigas do ocultismo no Egito, relacionada ao deus Hermes ou Thoth) e se envolve com Magia, Alquimia e Cabala. Tendo relação com Misticismo e Esoterismo e sofre grande influência por parte de religiões e filosofias orientais (principalmente Yoga, Hinduismo, Taoismo e Budismo).
(NOTA: Este na foto é Eliphas Levi)
Eliphas e Papus dividem a preferência como maior Ocultista do Séc. XIX. Sistematizaram boa parte do que hoje conhecemos como ocultismo prático.
Também devo citar a importância de Samuel Liddel MacGregor Mathers e da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado (já mencionei tal nome em algum ou alguns outros posts, mas talvez apenas pelo nome "Golden Dawn"). MacGregor e a GD foram grandes responsáveis pelo ressurgimento da Magia Ritualística. Influenciaram fortemente também grandes magos do Séc. XX.
Crowley já foi amplamente citado aqui no Relicário, mas quero lembrar que ele usava um método mágico 'próprio' - Thelema. Que deu origem a várias escolas mágicas e é influência para vários ocultisas/magos.
Bom... Nem de longe terminamos o assunto 'ocultismo', mas com certeza um conceito foi dado a essa palavra, portanto, meu objetivo neste post está completo :)
Vou ficando por aqui =D Forte abraço pra todos :D !!!
Continuação...
Numa viagem ao Cairo em 1904, recém casado, sua esposa começou a falar algumas coisas estranhas das quais ela não poderia ter conhecimento. Ela o mandou invocar o deus Hórus.
Dessa invocação surgiu um texto pequeno, de três capítulos, intenso e esquisito, ditado por um dos "ministros" da forma de Hórus conhecida por "Hoor-Paar-Kraat", Harpócrates, Hórus, a criança. Aiwass era o nome dessa entidade, depois reconhecida como o Sagrado Anjo Guardião do próprio Crowley. Com isso três coisas estão subentendidas: Aiwass era um dos "mestres" que regiam o presente Éon, dedicado ao Deus Hórus, seu mentor; era também uma entidade não totalmente separada de Crowley, embora devesse ser tratado como tal, alguns poderiam dizer que ele era o self junguiano de Crowley (mesmo ele reconheceu isso), outros, maldosamente, que era sua Sombra (termo que em psicologia junguiana designa a parte de nós que reprimimos e que contém aquilo que temos medo de admitir); Crowley demorou cerca de 5 anos para acatar o que o texto dizia. Uma das profecias previa a morte de seu filho, que acabou por morrer mesmo, de doença desconhecida.
Quando finalmente aceitou o Livro da Lei estava em contato com um corpo germânico de iniciados, que em outro livro dele ("The Book of Lies") encontraram um segredo de magia sexual que pensavam ter o monopólio no ocidente. Nem Crowley havia entedido o que tinha escrito, mas aceitou mesmo assim um alta posição hierárquica na Ordem. Era a Ordo Templi Orientis, que até hoje detém os direitos sobre os textos de Crowley posteriores a 1910.
A O.T.O existe até hoje.
Crowley perdeu muito dinheiro publicando seus próprios livros e os vendendo a preço de banana. E a incompetência de um tesoureiro da O.T.O., que perdeu um galpão cheio de livros num lance mal entendido até hoje, acabou causando sua bancarrota final.
Além da O.T.O. que tinha bases maçônicas, Crowley criou um corpo próprio, designado como A.:.A.:.., esse corpo, muito mais velado, deveria servir como que "escola de treinamento" para os possíveis "mestres" da humanidade.
Crowley sobreviveu de doações e venda de livros até o fim da vida. E morreu em relativa miséria, ainda viciado em heroína, pouco tempo depois de terminar seu último trabalho, um livro sobre o Tarô que Lady Frieda Harris havia pintado com suas indicações. Um baralho magnífico.
OBS:
Enquanto pesquisava sobre Crowley, descobri algumas coisas 'entre nós', digamos assim... Logo de cara, foram as músicas de Raul Seixas, com várias menções à Thelema, depois, uma musica do Ozzy Osbourne, chamada Mr. Crowley, e por último (mas não menos importante) a banda Therion (Therion, do grego, Besta)! Não conheço mto bem o trabalho dessa banda, apenas a musica To Mega Therion (para a grande besta). Vcs se lembram q na primeira parte, eu falei q Crowley se autodenominava de A Grande Besta (ou seja, Mega Therion)? Pois é ^^ Provavelmente tem MTO mais coisa ai ... talvez se estudarmos mais um pouco, vamos entender melhor mtas coisas =]
Espero estar junto de vocês nessa jornada em busca do conhecimento...
Espero também q tenham gostado =) Qqr coisa errada ou subentendida, peço q me fale pra poder acertar :D
Aqui encerramos o assunto "Aleister Crowley" (mas eh possível q voltemos a falar dele futuramente). Forte abraço pra todos!!!
Depois de mto tempo sem escrever pro Relicário, eu resolvi voltar :D e resolvi voltar criando um marcador q jah deveria ter sido criado ha mto tempo... "Ocultismo" =] e pra estreiar, acho q n teria ngm melhor pra falar, do q Aleister Crowley =]
Na boa... tem tanta coisa pra falar dele q eu nem sei por onde começar, num eh a toa q eu vou separar em 2 partes =)... enfim...
Edward Alexander Crowley tbm conhecido como Aleister Crowley, foi a pessoa mais poderosa e polêmica da história do ocultismo mundial, o cara q "popularizou" o ocultismo, conseguindo abalar as estruturas de diversas sociedades esotéricas da sua época.
Crowley usava o nome de Baphomet dentro das sociedades às quais pertencia, e se chamava de "A Besta 666". Eh considerado um dos maiores magos do século XX. Suas obras não são apenas voltadas ao misticismo, também há excelentes poesias e prosas dentre seu legado. Foi a grande referência para Raul Seixas e Paulo Coelho, quando criaram a Sociedade Alternativa (entre outras ordens).
Crowley deixou como legado, uma obra imensa na história da magia e deu o nome a essa obra de "Magick" para diferenciar de tudo que havia de ocultismo até então.
O Livro da Lei
Existem duas versões para o 'surgimento' do livro da lei... uma delas eh q em abril de 1904, Crowley terminou de escrever sua obra mais importante, o chamado "Livro da Lei" e neste livro, está escravada a Lei de Thelema (Thelema tem origem grega, significa Vontade, ou Intenção). A proposta de Thelema (pronuncia-se Télema) está baseada essencialmente na individualidade e libertade humana. Ou seja... o cultivo e satisfação das próprias vontades. Tais bases ficam evitentes nos principais conceitos: "Faze o que tu queres, há de tudo ser da lei" / "Tu não tens o direito, se não fazer a tua vontade" / "Amor é a lei, amor sob vontade" (se vc quer saber mais sobre Thelema, aguarde... eu vou escrever em breve algo sobre essa 'lei'.
A outra versão é que em abril de 1904, Aleister estava no Cairo - Egito em núpcias com sua esposa Rose Kelly Ele faz uma invocação de elementais do ar para sua jovem esposa, e qual não foi a sua surpresa, ao invés dos silfos a mulher começa a balbuciar: Hórus falava através dela. O deus prescreve então uma série de detalhes para um ritual de invocação, o resultado deste Ritual se da nos dias 8, 9 e 10 de abril, nos quais Crowley recebe o Livro da Lei, um poderoso Grimório de instruções mágicas, a Lei da era de Aquário. Crowley se choca com o conteúdo do Livro, mas a força das revelações lá contidas, influenciando eventos históricos de magnitude gigantesca (Primeira e Segunda guerras mundiais, por exemplo), deixou fora de dúvida a veracidade, beleza e poder do Livro da Lei. Ditado por uma entidade de nome Aiwaz (que mais tarde Crowley associou a seu Eu superior).
Voltando a Crowley...
Na escola se mostrou brilhante e obediente, até que foi culpado injustamente de um pequeno delito e foi posto de castigo, a pão e água, o que piorou sua já fraca saúde (tempos depois lhe receitariam heroína para a asma, substância que usou até os 72 anos de idade, quando morreu de parada cardíaca). Crowley nunca esqueceu desse tratamento, e desde menino começou a achar que havia algo de errado com o "senso comum" da época. Decidiu ser um homem santo, e cometer o maior pecado, como em uma lenda dos Plymouth Brothers (culto de seu pai) que afirmava que o maior santo cometeria o maior pecado. Crowley travou contato com a Golden Dawn, uma ordem pseudo-maçonica de prática ritualística e iniciatória que esteve em seu auge no fim do século passado, quando Crowley a frequentou. Subiu rapidamente pelos graus da ordem, mas foi barrado por um grupo de pessoas que chegaram a afirmar que a "ordem não era um reformatório". Crowley era desconsiderado pelos intelectuais.
A Golden Dawn recusou iniciação a Crowley, mas seu chefe, McGreggor Mathers não. Talvez interessado no dinheiro do jovem Aleister Crowley ele o iniciou, e logo se tornou um mestre para Crowley.
Seus trabalhos mágicos e estudos místicos o levaram as mais diversas partes do mundo, experimentando com todas as formas de catarse e intoxicaçõo, que considerava como bases da religião. Mas pouco a pouco se distanciava de Mathers, que a essa altura já havia se proclamado em contato direto com os "mestres" que regem a terra, e com isso seu autoritarismo se tornou insuportável. Crowley foi o único a defendê-lo até o final, quando percebeu que tudo não passava de uma farsa.
A crença de que existe um grupo de iniciados secretos que carregam o conhecimento humano e são os verdadeiros "chefes" da terra é compartilhada no sentido estritamente literal por muitas pessoas e seitas. Crowley aceitou essa idéia de uma forma ou de outra até o fim da vida, mas empregou diversas interpretações para estas entidades, algumas baseadas na psicologia (recém estabelecida como uma ciência por Freud, na mesma época).
Mas, desiludido com a Golden Dawn, passou alguns meses afastado da magia, e pouco a pouco se reaproximou, trabalhando sozinho.
Aqui termina a primeira parte. Espero q tenham gostado =D